Evangelho - Mc 6,17-29
Bom dia.
Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista.
Evangelho de hoje.
Quarta-feira 29 de Agosto de 2018
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Marcos 6,17-29
— O Senhor esteja
convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho
de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo,
17Herodes tinha mandado prender João,
e colocá-lo acorrentado na prisão.
Fez isso por causa de Herodíades,
mulher do seu irmão Filipe,
com quem se tinha casado.
18João dizia a Herodes:
"Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão".
19Por isso Herodíades o odiava
e queria matá-lo, mas não podia.
20Com efeito, Herodes tinha medo de João,
pois sabia que ele era justo e santo,
e por isso o protegia.
Gostava de ouvi-lo,
embora ficasse embaraçado quando o escutava.
21Finalmente, chegou o dia oportuno.
Era o aniversário de Herodes,
e ele fez um grande banquete para os grandes da corte,
os oficiais e os cidadãos importantes da Galiléia.
22A filha de Herodíades entrou e dançou,
agradando a Herodes e seus convidados.
Então o rei disse à moça:
"Pede-me o que quiseres e eu to darei".
23E lhe jurou dizendo:
"Eu te darei qualquer coisa que me pedires,
ainda que seja a metade do meu reino".
24Ela saiu e perguntou à mãe:
"O que vou pedir?"
A mãe respondeu:
"A cabeça de João Batista".
25E, voltando depressa para junto do rei, pediu:
"Quero que me dês agora, num prato,
a cabeça de João Batista".
26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar.
Ele tinha feito o juramento diante dos convidados.
27Imediatamente, o rei mandou
que um soldado fosse buscar a cabeça de João.
O soldado saiu, degolou-o na prisão,
28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça.
Ela a entregou à sua mãe.
29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá,
levaram o cadáver e o sepultaram.
Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
O MÁRTIR DA FÉ Mc
6,17-29
Hoje celebramos o martírio de
João, o Batista, aquele de quem Cristo disse: dos nascidos de mulher não há
outro maior do que João, o Batista. Mas o menor no Reino do Céu é maior do que
ele. É uma reflexão sobre minoridade, João escolheu a via menor, se fez pobre,
vestia-se pobremente, comia gafanhotos e mel. Esta é a expressão que Mateus usa
para expressar a humildade de João. E Jesus ainda diz: o menor no Reino do Céu
é maior do que ele. Aqui percebemos que o Senhor demonstra que a sabedoria e o
serviço estão no despojamento, na simplicidade, no profetismo sem recompensas.
O profeta de Deus não é rico, nem poderá ser, e Jesus também revela que o
menor, o mais pobre, o mais abandonado, o mais oprimido, no Reino de Deus, isto
é, na Vontade de Deus, ainda é maior que o maior.
Falando
da morte de João Batista, o Papa João Paulo II diz na Carta Encíclica
“Veritatis Splendor” (cf. n. 91) que o martírio constitui um sinal preclaro da
santidade da Igreja. Efetivamente, ele “representa o ponto mais alto do
testemunho a favor da verdade moral.” Se são relativamente poucas as pessoas
chamadas ao sacrifício supremo, há, porém, um testemunho coerente que todos os
cristãos devem estar prontos a dar em cada dia, mesmo à custa de sofrimentos e
de graves sacrifícios. Assim tu meu irmão, minha irmã, não podes e nem deves
fugir. Gostaria que soubesses que desde o início do Cristianismo percebemos que
três elementos estão quase sempre unidos: testemunho, profecia e doação da
própria vida. É verdadeiramente necessário um compromisso, com estas três vias,
por vezes heróicas, para não ceder, até mesmo na vida cotidiana: em casa com o
marido, com os filhos, colegas do trabalho, com os familiares de perto ou de
longe. É necessário saber que as dificuldades nos levam ao compromisso para
viver na totalidade o Evangelho.
O
exemplo heróico de João Batista nos deve fazer pensar nos mártires da fé que,
ao longo dos séculos, seguiram corajosamente as suas pegadas. De modo especial,
voltemos à mente os numerosos cristãos que, no mundo inteiro, foram vítimas do ódio,
e da perseguição religiosa. Mesmo hoje, em algumas partes do mundo, os fiéis
continuam a ser submetidos a duras provações, em virtude da sua adesão a Cristo
e à sua Igreja. Os impérios opressores que existiram na história continuaram
deixando seus mártires. Seus projetos elitistas e imperialistas fizeram com que
seus chefes continuassem a embriagar-se com o sangue dos mártires. Portanto, o
martírio não deve ser buscado por ninguém. Em última palavra, o martírio é uma
graça de Deus. Mas, dele não se deve fugir, se é necessário dar o testemunho e
para defender a vida do povo. Jesus também nos ensina que não devemos ter medo
daqueles que matam o corpo. Por isso, dar a vida é a melhor forma de amor, a
exemplo de Jesus que nos amou até o extremo.
O
máximo do amor é dar a vida pelos seus. Deste modo, a vida não é tirada, mas é
dada livremente. Foi isso que fez São João Batista em meio à crueldade que
ameaçava a fidelidade conjugal: lutou, e sendo testemunha e testemunho fiel,
derramou seu sangue, pagando com a própria vida. Ontem como hoje, o banquete
dos criminosos continua sendo regado a sangue, como foi o de Herodes como nós
ouvimos no Evangelho de hoje. Por isso, lembrar a morte de João Batista é não
deixar morrer sua história, é recordar o seu testemunho, sua profecia e sua
coragem; é lembrar que, se preciso for, todos devemos estar dispostos a lavar
as nossas vestes e as branquear no sangue do Cordeiro (Ap 7,14).
Pai,
que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante,
cumprindo minha missão de evangelizador.
Fonte:
cancaonova.com
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