Bom Dia.
“Eu sou o pão que desceu do
céu”.
Domingo 12 / 08 / 2018
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do
Evangelho de Jesus Cristo + segundo
João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 41os judeus começaram a
murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do
céu”. 42Eles comentavam: “Não é este
Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer
que desceu do céu?”
43Jesus respondeu: “Não murmureis entre
vós. 44Ninguém pode vir a mim, se o
Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas:
‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai, e por ele
foi instruído, vem a mim. 46Não
que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos
digo, quem crê, possui a vida eterna.
48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná
no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis
aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do
céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha
carne dada para a vida do mundo”.
— Palavra da
Salvação.
—
Glória a vós, Senhor.
O PÃO DA VIDA Jo 6,41-51
“Eu sou o pão da vida.” Esta afirmação é
categórica, direta e conclusiva. Usando de uma metáfora, baseada no Antigo
Testamento, quando os Hebreus estavam no Deserto e Deus os alimentava com o
maná vindo do céu, Jesus encerra qualquer dúvida quanto à fonte da vida: Ele
próprio é o que dá vida.
O pão na
época era um dos alimentos mais importantes e consumidos, e até hoje ainda é, e
por isso usado como referencial, mas trata-se de qualquer alimento. Ora, se o
que eles estavam acostumados era o que os alimentava, que dava força para o
trabalho, logo o pão era imprescindível para o sustento do corpo. Jesus,
entretanto, não se referiu ao corpo físico, Ele era o que alimentava a vida, o
que é a vida se não nossas ações, nosso coração, nossas intenções? Jesus queria
ser alimento nestes aspectos. Quantas vezes procuramos saciar nossa fome de
alegria, de amor, de paz, e buscamos em tantos lugares, quando que só podemos
ser saciados com Jesus. Ele é o único que dá vida em abundância, com Ele nunca
teremos fome ou sede, mas é fome de paz, amor, alegria, justiça, verdade.
Jesus sabia que o povo estava atrás dele por causa do milagre dos pães.
Sabia também que queriam fazê-lo rei, mas o seu reino não é deste mundo, e o
que ele lhes propõe é que trabalhem pelo alimento que permanece para a vida
eterna. Este trabalho é a obra de Deus, a evangelização que Jesus realiza e que
nós devemos continuar. Este trabalho consiste em fazer a vontade do Pai,
Consiste em dar vida, para salvar este mundo do pecado para que todos, de
preferência, mereçam um dia a vida eterna. Aqueles homens ainda incrédulos e
apegados às suas tradições, pedem, exigindo que Jesus faça milagres, sinais
espetaculares, como os milagres de Moisés com o maná no deserto. Contudo, esta
tradição do maná (“pão”) caído do céu está superada. O maná, assim como o nosso
feijão com arroz de hoje, é alimento para um só dia, e não salva ninguém da
morte. Todos os que comeram o maná, vieram a morrer mais tarde. O que nós
precisamos fazer, segundo a explicação de Jesus hoje, é buscar o verdadeiro pão
caído do céu que é Jesus, aquele que se fez alimento para a nossa salvação e que nos foi dado pelo Pai,
porque esse é o alimento que permanece para a vida eterna, esse é o alimento
que nos guarda para a vida eterna. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
terá a vida eterna” “Quem come a minha carne viverá em mim e eu nele”
É esse o
alimento que devemos procurar com todas as nossas forças e com todo o nosso
empenho, pois é ele que vai nos fazer merecedores da vida no paraíso preparado
para nós por Deus Pai.
É importante que estejamos preparados para receber este alimento da
nossa alma, procurando praticar os ensinamentos de Cristo, e evitando o pecado.
Na verdade, nunca estamos merecendo receber o corpo e o sangue de Cristo. O
máximo que conseguimos é ficar menos indignos para comungar. Por isso é sempre
indispensável um exame de nossa consciência antes de nos levantar do banco e
entrar na fila da comunhão. Pois para receber o Pão da vida é preciso estar em
estado de graça, e se não estiver, será preciso fazer uma confissão. Caso contrário, receber a hóstia consagrada
indignamente é comer a nossa própria condenação. Por isso é preferível não
comungar naquela missa, e depois procurar um sacerdote, para que na próxima
missa estejamos na fila da comunhão com a consciência tranqüila.
Na carta de Paulo aos efésios, nós vimos que aquele que crê em Jesus é transformado num homem novo, criado à
imagem de Deus, na verdadeira justiça e santidade. Pois é o próprio Jesus que
nos garante: ” Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e
quem crê em mim nunca mais terá sede.”
O pão
descido do céu é Jesus concebido no ventre de Maria, e que viveu, cerca de
trinta anos, uma vida comum na sua cidade de origem; e, depois, cerca de três
anos, em contato com as multidões revelando-lhes o Pai que o enviou. Doando-se
a fim de comunicar a vida, consagrou-se à libertação de todos das opressões e
da morte, levando a esperança de um mundo novo, pela prática do amor. Ser
atraído por Jesus e crer nele é segui-lo, na adesão concreta ao projeto de
Deus. Alimentar-se de Jesus é contemplá-lo e seguir seus passos, como na
prefiguração de Elias. Na bondade, na compaixão e no perdão, na fraternidade
comunitária e na solidariedade social, na busca da justiça e da paz, entra-se
em comunhão com Jesus, pão da vida eterna.
Espírito de docilidade ao Pai, reforça minha
disposição para acolher os ensinamentos divinos e colocar-me, resolutamente, na
busca do Ressuscitado.
Fonte https://homilia.cancaonova.com
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