COR LITÚRGICA: VERMELHO
24ª Semana
do Tempo Comum - Quarta-feira
São como crianças que
se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta para
vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!’
Evangelho do Dia
Evangelho (Lc 7,31-35)
— O Senhor
esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
—
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo
Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele
tempo, disse Jesus: 31“Com quem
hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem? 32São
como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos
flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!’
33Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós
dissestes: ‘Ele está com um demônio!’ 34Veio o
Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘Ele é um comilão e beberrão,
amigo dos publicanos e dos pecadores!’ 35Mas a
sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”.
— Palavra da
Salvação.
— Glória a
vós, Senhor.
GERAÇÃO MÁ E INGRATA Lc 7,31-35
Jesus Cristo está diante da
multidão que o cerca para ouvi-lo pura e simplesmente sem saberem qual deve ser
o grau de pertença ao reino de Deus. Engraçado é notar que as pessoas que o
escutavam eram de renome na matéria da religião. Eram chefes religiosos do
Judaísmo.
Jesus começou assim a sua pregação: “Convertei-vos porque o Reino dos céus está
próximo” (Mt
4,17). João Baptista, seu precursor, tinha começado da mesma maneira: “Convertei-vos, porque o Reino dos céus
está próximo” (Mt
3,2). E agora o Senhor censura-os porque eles não querem converter-se, quando o
Reino dos céus está próximo, este Reino dos céus do qual Ele próprio disse
que “não vem de maneira visível e também
que ele está no meio de vós” (Lc 17, 20-21).
Na parábola, o Mestre compara a geração a um grupo de crianças que tenta
se comunicar com outro grupo, com brincadeiras de alegria ou de tristeza, porém
o outro grupo não corresponde, fecha os olhos, a boca e ouvidos para não ouvir,
falar e ver acabando por rejeitar todas as tentativas de diálogo com as
outras. Por isso: “com
quem posso comparar as pessoas de hoje? Com quem elas são parecidas?”
A pequena parábola dos dois grupos de crianças que disputam nas praças é
dirigida a “esta geração”. Esta expressão indica uma censura ao povo de Israel
de coração duro, conforme a tradição profética. Mas não só! Assim como Jesus
censurou a geração do tempo de João Batista assim continua falando hoje: “A quem hei-de comparar esta geração. Nós tocamos músicas de casamento, mas
vocês não dançaram! Cantamos músicas de sepultamento, mas vocês não choraram”. Estamos diante de pessoas
que se alegram com o sofrimento dos outros. Não conseguem chorar com os que
choram, sorrir com os que sorriem, comer com os que comem, viver com os que
vivem. Uma sociedade fechada no seu casulo. As pessoas só pensam nos seus
interesses e não querem saber nada sobre os outros. O bem, a confiança, a
justiça, a fraternidade, a comunhão, o amor, o respeito pela pessoa e pelo que
é alheio desapareceram entre as pessoas. Muitos homens e mulheres não querem
converter-se, não querem abandonar a vida do pecado.
Ao João Batista de hoje que faz o seu anúncio da conversão de maneira
austera, como um asceta, é chamado de louco. E os ministros sagrados que agem
na pessoa de Jesus, que na simplicidade, humildade e solidariedade se abeiram
do pobre, do excluído, doente e abandonado chamam-os de pecadores e publicanos,
de “comilão e beberrão”.
A sociedade
se esquece que, para Jesus o Reino dos céus é para os simples e humildes, que
Jesus chama de pobres em espírito. A razão é porque os pobres, pecadores e
excluídos, não são escravos da riqueza e do poder, e consequentemente, acolhem
o convite à conversão tanto feita por João Batista quanto por Jesus e
continuada pelos discípulos e missionários de Jesus Cristo.
Que você meu irmão, minha irmã, tenha a prudência de aceitar as
advertências de Jesus, para não deixar escapar e passar o tempo da sua missão,
este tempo no qual estamos, durante o qual Ele poupa mais uma vez a tua vida.
Ela é poupada, é para que te convertas, e que ninguém seja condenado. Porque
não sabes quando virá o fim do mundo deves viver o tempo da graça, o tempo da
salvação, o tempo da fé. Caso contrário, Jesus gritará bem alto nos teus
ouvidos: “com
quem posso comparar esta geração?”
Pai, purifica-me de toda forma de orgulho que me
leva a desprezar meu semelhante e a julgar-me superior a ele. Como Jesus,
desejo estar próximo de quem se afastou de ti.
FONTE: homilia.cancaonova.com
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