Jesus Misericordioso |
Era o ano de 1931.
Recém-recuperada de uma tuberculose, a irmã Maria Faustina Kowalska
havia voltado ao convento na cidade de Plock, na Polônia. Fazia um
inverno rigoroso. No dia 22 de fevereiro, irmã Faustina recebeu a
primeira visita do próprio Jesus: ele aparecera para ela em todo o
seu esplendor e majestade em seu próprio quarto.
A irmã, em silêncio,
fixou o olhar surpreso no Senhor. Espantada, começou a sentir aos
poucos uma progressiva e vibrante felicidade. Então Jesus lhe disse:
— Pinta uma imagem de
acordo ao modelo que estás vendo, e acrescenta a inscrição:
“Jesus, eu confio em vós”. Desejo que esta imagem seja venerada
primeiramente na vossa capela e depois no mundo inteiro. Prometo que
a alma que venerar esta imagem não perecerá; prometo também já
aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e especialmente na hora
da morte eu mesmo defende-la-ei.
Diante de Faustina
estava o Cristo vestindo uma túnica branca, com a mão direita
levantada a fim de abençoar e a esquerda pousava sobre o peito
fazendo com que da túnica, levemente aberta, deixasse sair dois
grandes raios, um vermelho e o outro pálido. Explicou Jesus:
— Os dois raios
representam o sangue e a água; o raio pálido representa a água que
justifica as almas; o raio vermelho significa o sangue que é a vida
das almas. Ambos os raios jorraram das entranhas da minha
Misericórdia, quando na cruz o meu coração agonizante foi aberto
pela lança.
E o Senhor continuou:
— Estes raios
defendem as almas da ira de Meu Pai; feliz aquele que viver à sua
sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus.
Desejo que o primeiro Domingo depois da Páscoa seja a festa da
misericórdia.
Santa Faustina |
Por não saber pintar,
Faustina solicitou ajuda das irmãs de seu convento, contudo não
recebeu nenhum auxílio.No fim de maio de 1933 Faustina foi
transferida para Vilnius para que trabalhasse no jardim e cultivasse
a horta. Ela permaneceu na cidade por 3 anos (até 1936). Pouco
depois de chegar a Vilnius, Faustina encontrou o Padre Sopoćko, o
recém-nomeado confessor das freiras do convento e professor de
teologia na Universidade de Vilnius.
Quando Faustina fez sua
primeira confissão com Sopoćko, ela lhe contou sobre sua conversa
com Jesus e sobre a missão da qual estava incumbida. Depois de algum
tempo, Sopoćko insistiu que Faustina fosse submetida a uma avaliação
psiquiátrica completa pela Dra. Helena Maciejewska ao que foi
declarada completamente sã. Depois disso, Sopoćko teve confiança
em Faustina e passou a assisti-la em seus esforços. Ele aconselhou-a
a escrever um diário para que registrasse as mensagens que recebia e
conversas que tinha com Jesus. Faustina contou a Sopoćko sobre a
imagem da Divina Misericórdia e em janeiro de 1934 ele a apresentou
ao artista plástico Eugene Kazimierowski que era também professor
na Universidade de Vilnius.
Foi apenas em Vilnius,
três anos depois de ter tido a visão que a incumbiu da missão de
produzir o quadro da Divina Misericórdia, que Faustina conseguiu
que, sob sua orientação em conjunto com Padre Sopoćko, o pintor
Eugene Kazimiroski realizasse a pintura do quadro. Esta seria a única
imagem da divina Misericórdia que Faustina conheceria. O quadro foi
finalizado em junho de 1934 e sua imagem venerada publicamente em
Ostra Brama entre 26 e 28 de abril de 1935, sendo a primeira imagem
feita representando o Senhor da Misericórdia. Entretanto, a imagem
que tornou-se famosa no mundo inteiro foi realizada pelo pintor Adolf
Hyła, feita em agradecimento pela salvação de sua família da
guerra.
Em 30 de abril de 2000,
Faustina é canonizada pelo Papa João Paulo II. Em maio do mesmo
ano, o mesmo Papa instituiu, conforme o pedido de Jesus à Santa
Faustina, o segundo domingo de Páscoa como a Festa da Divina
Misericórdia.
Promessas da Divina
Misericórdia
1 - Pela veneração da
imagem, a alma que venera essa imagem não perecerá;
2 - Pela imagem, a alma
será defendida como glória de Cristo;
3 - Pela imagem, terá
um vaso com o qual pode buscar graças na fonte da Misericórdia;
4 - Pela imagem, a alma
que vive à sombra [dos raios da Misericórdia] não será atingida
pelo braço da justiça de Deus;
5 - Pela Hora da Divina
Misericórdia, nada será negado à alma que o peça pelos méritos
da Sua Paixão;
6 - Pela Divulgação
da Divina Misericórdia, durante toda a vida, a alma será defendida
por Cristo como uma terna mãe defende seu filhinho e, na hora da
morte, Ele não será, para elas, Juiz, mas o Salvador
Misericordioso;
7 - Por se aproximar da
Fonte da Vida no dia da Festa da Divina Misericórdia, alcançará
perdão total das culpas e das penas;
8 - Pela Novena, as
almas apresentadas a Cristo (as mencionadas na novena) receberão
força, alívio e todas as graças de que necessitam nas dificuldades
da vida e, especialmente, na hora da morte;
9 - Pelo Terço da
Divina Misericórdia, serão envolvidas pela Sua Misericórdia
durante a sua vida e, de modo particular, na hora da morte;
10 - Pelo Terço da
Divina Misericórdia, Cristo se compraz em dar tudo o que Lhe peçam;
11 - Pelo Terço da
Divina Misericórdia, os pecadores empedernidos (quando o rezem)
terão suas almas preenchidas de paz, e a hora da sua morte será
feliz;
12 - As almas que
recorrem à Divina Misericórdia e as almas que a glorificam e
anunciam, na hora da morte, serão tratadas de acordo com a Sua
infinita misericórdia.
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